Investigação policial apontou que não houve qualquer descumprimento de medidas protetivas por parte da vítima

A Delegacia de Homicídios de Arapiraca, sob coordenação do delegado Everton Gonçalves, finalizou o inquérito referente ao homicídio do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, morto a tiros em Arapiraca, no Agreste alagoano. A suspeita do crime, sua ex-esposa Nádia Tamires, que também atua como médica, foi presa em flagrante horas depois, em Maceió.
O relatório da polícia levou ao indiciamento da investigada por homicídio qualificado, tanto pela motivação considerada fútil quanto pelo fato de ter surpreendido a vítima, impossibilitando qualquer reação de defesa. Segundo o delegado, as gravações de câmeras de segurança, somadas à admissão da própria suspeita, confirmam a autoria e a intenção de matar. A versão apresentada por ela, alegando legítima defesa, não foi sustentada pelas provas reunidas.

Os conflitos do ex-casal também foram analisados, incluindo processos judiciais, denúncias e acionamentos da Patrulha Maria da Penha. Embora esses elementos indiquem um ambiente de tensão e possíveis temores por parte da suspeita, a polícia destacou que tais fatores não justificariam o ato extremo que resultou na morte de Alan Carlos.
A investigação policial também apontou que não houve qualquer descumprimento de medidas protetivas por parte da vítima. No dia do crime, ele teria ido ao local apenas para deixar um bolo para a filha, mantendo distância da residência da ex-esposa.
O caso segue agora para o Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia, solicita novas diligências ou opta pelo arquivamento.











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