Anúncios espalhavam informações falsas sobre uma suposta “taxação do Pix” e o programa Valores a Receber do Banco Central
Por Cotidiano Alagoas

Um estudo do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revelou que a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, lucrou ao permitir a veiculação de 1.770 anúncios fraudulentos entre 10 e 21 de janeiro de 2025.
Esses anúncios espalhavam informações falsas sobre uma suposta “taxação do Pix” e o programa Valores a Receber do Banco Central. O objetivo era enganar os usuários para obter dados sensíveis ou até dinheiro.
Os golpistas usaram imagens manipuladas por inteligência artificial de figuras públicas, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), para dar credibilidade aos golpes. O estudo apontou que cerca de 70% dos vídeos analisados foram alterados dessa forma, sem qualquer indicação de que eram sintéticos, o que vai contra as diretrizes da própria Meta.
A plataforma permite que qualquer usuário pague a partir de US$ 5 por semana para impulsionar publicações, ampliando seu alcance. No caso dos anúncios fraudulentos, essa ferramenta foi usada para espalhar ainda mais as fraudes, o que gerou lucro para a empresa.
Em resposta, a Meta declarou que não permite conteúdos que tenham a intenção de enganar, fraudar ou explorar terceiros e que continua aprimorando suas tecnologias para identificar atividades suspeitas.
O estudo reforça a importância da colaboração entre plataformas digitais, instituições financeiras e o governo para combater práticas fraudulentas, protegendo os usuários e garantindo a integridade da informação online.
+ There are no comments
Add yours