Investigações continuarão com objetivo de esclarecer se houve participação de terceiros no crime
Por redação com assessoria

A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), concluiu o inquérito policial instaurado para apurar a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, ocorrida no município de Novo Lino no mês passado.
Ao final das investigações, a mãe da vítima foi indiciada formalmente pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. A Polícia Civil ressalta que, até o presente momento, não dispõe de elementos técnicos, médicos ou psicológicos que justifiquem o enquadramento da conduta no crime de infanticídio, uma vez que não houve conclusão de laudo pericial que comprove a ocorrência de perturbação psíquica decorrente do estado puerperal.
De acordo com os laudos produzidos pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC), foi constatado que o estado de conservação do corpo da vítima não é compatível com o tempo de mais de quatro dias em que teria permanecido no local onde foi encontrado, o que reforça a hipótese de que o cadáver pode ter sido manipulado ou mantido temporariamente em outro local — possivelmente sob condições de refrigeração ou conservação artificial — antes de ser colocado no armário onde foi posteriormente localizado.
Dessa forma, as investigações continuarão com o objetivo de esclarecer se houve participação de terceiros na ocultação do cadáver ou em qualquer outra conduta relacionada ao crime.
Os delegados Igor Diego e João Marcello, responsáveis pela investigação, reafirmaram o compromisso da Polícia Civil com a apuração técnica dos fatos, e que continuará empenhada em esclarecer por completo todas as circunstâncias envolvidas no caso.
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