Obra homenageia a doceira que preserva uma tradição culinária de mais de 40 anos e se tornou patrimônio afetivo

Por assessoria

Divulgação

O escritor alagoano Clemerson Silva acaba de lançar a obra “A doce tradição das tulipas de jaca da Dona Lela”, um cordel que homenageia o doce de jaca cristalizado de Porto de Pedra, que há mais de 40 anos é preparado com maestria por Dona Lela, uma das principais figuras da culinária local.

Aurelina, carinhosamente conhecida como Dona Lela, conquistou não só a população de Porto de Pedras, mas também aqueles que conhecem o sabor único das tulipas de jaca, doce artesanal que carrega consigo a alma da cidade e um legado afetivo de geração em geração. Embora ainda não seja oficialmente reconhecida, Dona Lela é considerada um verdadeiro patrimônio cultural da culinária local por sua dedicação em manter viva essa tradição.

O cordel surgiu após uma conversa reveladora entre Clemerson e Dona Lela. Comovido com a história da doceira e sua importância para a comunidade, o escritor decidiu eternizar sua trajetória em versos.

Com o apoio do Governo de Alagoas, foi possível realizar o projeto com qualidade e riqueza, incluindo a produção de exemplares e a criação de uma capa especial, em xilogravura, assinada pelo mestre baiano Pita Paiva, que retrata Dona Lela em pleno processo de produção das suas tulipas.

A obra, que recebeu o registro na Câmara Brasileira do Livro (CBL) e foi formalmente catalogada com ISBN, já está disponível para o público. Com tiragem inicial distribuída gratuitamente em pontos culturais e de artesanato de Porto de Pedras, o cordel se tornou um símbolo da valorização das tradições locais e da resistência cultural das mulheres que, como Dona Lela, preservam saberes ancestrais.

“Este cordel é uma forma de agradecer e celebrar. Dona Lela representa a força essencial de tantas mulheres que sustentam tradições com as próprias mãos, por meio do artesanato culinário. Seus saberes vão muito além da receita: carregam história, identidade e resistência. Sua trajetória é motivo de orgulho para toda a cidade”, afirma Clemerson, que é natural de Porto de Pedras e tem se dedicado a registrar, em versos, as memórias e riquezas locais.

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