Aparição inesperada do animal chamou a atenção de quem estava na orla de Maceió
Por redação

Na tarde dessa sexta-feira (12), uma baleia surpreendeu maceioenses e turistas na Praia da Jatiúca, em Maceió.
A aparição inesperada do animal chamou a atenção de quem estava por perto e rapidamente virou assunto nas redes sociais.
Assista:
https://www.instagram.com/reel/DOjf6Ffj7pj/?igsh=MXg1OTd3Y2IwbzRyNQ==
A aparição da baleia provocou reações em quem estava na orla. Registros fotográficos e vídeos circularam na internet, acompanhados de depoimentos. Não se sabe qual espécie foi registrada.
No litoral do Nordeste brasileiro há um conjunto relativamente enxuto de grandes cetáceos que são vistos com maior frequência: a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) — por larga margem a espécie mais observada durante a temporada reprodutiva — a baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei / B. edeni), que ocorre de forma mais discreta e muitas vezes permanente nas águas tropicais costeiras, e, em áreas mais oceânicas próximas ao litoral, cachalotes (Physeter macrocephalus) e outros grandes odontocetos que aparecem com menos regularidade. Essas conclusões estão apoiadas em programas de monitoramento e em planos nacionais de conservação que sintetizam registros de avistamento ao longo da costa brasileira.
A baleia-jubarte é a estrela das observações no Nordeste porque utiliza o Banco dos Abrolhos e áreas adjacentes como berçário e local de reprodução — a espécie migra das áreas alimentadoras de altas latitudes para águas mais quentes do sul e sudeste até o Nordeste, chegando à região nos meses mais frios do hemisfério sul e permanecendo ali para acasalar e parir; por isso é a espécie mais citada em guias de observação e relatórios de projetos de conservação. O Projeto Baleia Jubarte e estudos sobre o Banco dos Abrolhos documentam essa fidelidade de área e explicam por que a jubarte é tão conspícua para observadores e cientistas no litoral nordestino.
A baleia-de-bryde merece destaque porque, ao contrário das jubartes, muitas populações ou subgrupos permanecem em águas tropicais durante o ano todo e são relatadas ao longo da costa brasileira, inclusive no Nordeste; porém, por serem menos saltadoras e mais discretas, costumam ser sub-representadas em relatos turísticos, embora projetos de pesquisa participativa e inventários nacionais já confirmem registros constantes dessa espécie em vários estados. Já os cachalotes e outras espécies de mar aberto aparecem com menor frequência à vista de banhistas e operadores costeiros — normalmente são observadas em faixas mais distantes da costa ou em condições oceanográficas específicas.
No litoral de Alagoas, os registros recentes e as reportagens locais documentam avistamentos notáveis de jubartes (incluindo agregações com neonatos), reforçando que as jubartes são a espécie mais comumente notada pelos moradores e pesquisadores da costa sul-alagoana; avistamentos de brydes e incursões ocasionais de cachalotes também já foram reportados, embora em menor número. Para quem acompanha ou planeja observação de baleias, a orientação de grupos científicos é priorizar operadores e protocolos de observação regulamentados (evitar aproximação, respeitar rotas e distâncias), pois isso protege tanto os animais quanto as pessoas envolvidas.
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