Filme vencedor da Palma de Ouro apresenta uma protagonista cativante, mas divide opiniões sobre sua profundidade emocional

Por Cotidiano Alagoas

Anora – Divulgação

“Anora”, o mais recente filme do diretor Sean Baker, estreou nos cinemas brasileiros em 23 de janeiro de 2025, trazendo uma narrativa que mescla drama e comédia para explorar as complexidades da busca pelo sonho americano. A trama acompanha Ani, interpretada por Mikey Madison, uma jovem trabalhadora do sexo em Nova York que, ao se envolver com Vanya, filho de um oligarca russo, embarca em uma jornada que desafia suas expectativas de ascensão social.

O filme tem sido amplamente aclamado pela crítica, conquistando 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, com elogios direcionados à direção de Baker e à performance de Madison. A atuação da protagonista é destacada por sua profundidade e autenticidade, trazendo à tona as nuances de uma personagem que navega entre a vulnerabilidade e a determinação.

A narrativa de “Anora” se desenrola em Brighton Beach, Brooklyn, cenário que Baker utiliza para imprimir sua marca registrada de realismo, filmando em locações reais e mesclando atores profissionais com não profissionais. Essa abordagem confere ao filme uma autenticidade palpável, embora alguns críticos apontem uma falta de profundidade emocional nos personagens.

A ascensão de “Anora” no circuito de premiações tem sido notável. Após vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o filme consolidou sua posição ao ganhar o prêmio de Melhor Filme no Critics Choice Awards 2025, sendo considerado um dos principais termômetros para o Oscar. Essas conquistas refletem a receptividade positiva tanto da crítica quanto do público, que elogiam a combinação de humor e crítica social presente na obra.

Contudo, nem todas as avaliações são unânimes em seus elogios. Alguns críticos argumentam que, apesar da estética envolvente e das performances sólidas, o filme carece de profundidade emocional, resultando em uma experiência que, embora visualmente atraente, pode parecer superficial em termos de desenvolvimento de personagens.

Em suma, “Anora” se destaca como uma obra que provoca reflexão sobre as dinâmicas de poder e as ilusões do sonho americano, apresentando uma protagonista cativante que luta para redefinir seu destino em meio às adversidades. A direção de Sean Baker e a atuação de Mikey Madison são elementos centrais que conferem ao filme sua força narrativa, tornando-o uma experiência cinematográfica relevante e instigante.

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