Crime ocorreu em Arapiraca

Nádia Tamyres – Reprodução

Nesta quarta-feira (17), a Justiça de Alagoas concedeu habeas corpus e determinou a soltura de Nádia Tamyres Silva Lima, que matou o ex-marido, o médico Alan Carlos Cavalcante, em Arapiraca, no Agreste do estado.

A decisão judicial suspende os efeitos do decreto de prisão e impõe medidas cautelares diversas, como comparecimento mensal em juízo e proibição de deixar a cidade sem autorização. O habeas corpus foi apresentado contra decisão da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, que transformou a prisão em flagrante em prisão preventiva no dia 17 de novembro de 2025. A defesa alegou que a prisão era ilegal, por falta de justificativa concreta e por não atender aos critérios exigidos pela lei.

O relator, ao analisar o pedido em caráter liminar, entendeu que a decisão de primeira instância se baseou na gravidade abstrata do crime e na suposta frieza da execução, sem demonstrar risco atual à ordem pública. De acordo com o magistrado, esse fundamento não é suficiente para justificar a prisão cautelar.

A decisão judicial destacou ainda circunstâncias específicas do caso, como o histórico de violência doméstica envolvendo a vítima e o descumprimento de medidas protetivas.

Para o desembargador, os elementos apontam para um conflito restrito às partes envolvidas, sem indícios de risco de reiteração criminosa contra terceiros, o que justificou a substituição da prisão por outras medidas previstas em lei.

O caso

Nádia Tamyres é investigada pela morte do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, ocorrida no dia 16 de novembro deste ano, no Sítio Capim, zona rural de Arapiraca. Segundo as primeiras informações apuradas pela polícia, a suspeita teria chegado ao local em um veículo, descido armada e efetuado disparos contra o carro onde a vítima estava, estacionado em frente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da comunidade.

Após os tiros, a autora deixou o local e seguiu em direção a Maceió. Testemunhas relataram que, antes de sair de Arapiraca, ela teria deixado a filha, menor de idade, na cidade. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o médico já estava morto quando a equipe chegou.

A suspeita foi localizada poucas horas após o crime e conduzida para os procedimentos legais. 

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