Atingidos pelo afundamento pedem fortalecimento de eventos culturais e mais atividades permanentes

Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas realizou reunião com representantes de associações comunitárias de áreas atingidas pela mineração da Braskem em Maceió. O encontro contou com a participação de representantes da Associação dos Moradores de Bebedouro, Associação da Família Quebrada, Associação de Moradores da Vila Saém (AMOSA) e Associação do Paraíso do Horto – Chã da Jaqueira.

As lideranças comunitárias foram informadas sobre as ações que já estão em andamento no campo cultural e que impactam no fortalecimento das comunidades. Oficinas e apoios a grupos locais têm sido implementados, e novos editais devem ser lançados em breve pela Braskem, no âmbito do Plano de Ações Sociourbanísticas (PAS), além de iniciativas conduzidas pelo Unops com o Comitê Gestor de Danos Extrapatrimoniais (CGDE).

Inclusive, algumas das associações já foram beneficiadas com resultados positivos em editais. Outro destaque é a melhoria de sedes de associações, que têm sido equipadas e fortalecidas como espaços de organização coletiva, além da construção de equipamentos de lazer, como o complexo de lazer (areninha), que se tornou símbolo de esperança e reativação comunitária.

Durante a reunião, as lideranças comunitárias apresentaram pleitos relacionados à destinação dos recursos do Plano de Ações Sociourbanísticas (PAS). As principais reivindicações foram o fortalecimento dos eventos culturais – como carnaval, São João, Dia das Crianças e Natal – considerados essenciais para manter vivas as tradições locais, movimentar o comércio e gerar renda para ambulantes e recicladores.

As procuradoras da República Roberta Bomfim e Julia Cadete destacaram que o MPF analisará os pedidos apresentados, mas lembraram que os recursos são finitos e precisam ser aplicados de forma estruturada e sustentável.

“É importante que as associações estejam atentas para participar dos eventos e das iniciativas que já estão abertas em paralelo, como os editais e apoios existentes. Nosso papel é ouvir todos e, estabelecendo as prioridades e buscando o maior alcance possível, identificar ações de reparação adequadas. Estamos diante de um processo desafiador. O sofrimento trouxe também essa redescoberta da cidade. Precisamos compreender o que é a essência da cultura, e isso deve ser inegociável para que não se perca o foco”, afirmaram.

Veja mais

Mais do Cotidiano

+ There are no comments

Add yours